Ao todo, 53,7% das doses de vacina contra Covid-19 distribuídas em Santa Catarina foram aplicadas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). O dado foi apresentado pelo chefe da pasta, André Motta Ribeiro, durante audiência da Assembleia Legislativa de SC (Alesc) nesta quarta-feira (10). O Parlamento realizou a convocação para cobrar agilidade na vacinação do Estado.
Santa Catarina já recebeu 298 mil doses do governo federal, e distribuiu a maior parte delas. Entre as doses distribuídas, já foram aplicadas 96 mil, segundo balanço da SES. Um dos motivos do baixo índice é o delay de informações vindas dos municípios, mas André Motta colocou a SES à disposição para ajudar as prefeituras para acelerar a vacinação. As doses que ainda não foram distribuídas estão guardadas para a segunda aplicação entre aqueles que já receberam o imunizante.
"Eu estou aqui em Brasília para tentar trazer calendário para a vacinação. Isso é importante. É fundamental. Eu vim cobrar do Ministério da Saúde também sobre a discrepância no quantitativo de doses", disse o secretário, durante a audiência.Os deputados pediram que a Secretaria permitisse maior abertura nos critérios de grupos prioritários para acelerar a aplicação de doses. Isso porque apenas idosos acima de 90 anos estão recebendo a vacina e o imunizante poderia ser ofertado para mais faixas de idade.André Motta afirmou que as prioridades são espelhadas do plano de vacinação nacional e pactuadas com os municípios, e lembrou que ainda não terminou a vacinação de profissionais de saúde. Estima-se que apenas 51,3% dos trabalhadores do setor já receberam o imunizante.
"O quantitativo de doses que vem do Ministério da Saúde não foi suficiente para a fase 1 completa, por isso nós tivemos que fracionar a fase 1, definindo prioridades dentro da prioridade inicial", afirmou o secretário.O deputado João Amin (Progressistas), que foi o autor da convocação, questionou o secretário sobre o percentual menor de cobertura vacinal em Santa Catarina em relação a outros estados. Em resposta, André Motta afirmou que o percentual sobre a população geral "não é justo" porque não considera o total do grupo prioritário, que foi o número que balizou a distribuição de doses neste primeiro momento.
"Santa Catarina, se a gente for comparar com outros estados, tem uma população indígena menor então é óbvio que quando a gente calcula pelo total da população o percentual acaba sendo menor", disse.Das 96 mil doses já aplicadas, 85 mil foram destinadas a profissionais de saúde, 6,7 mil para idosos institucionalizados, 4 mil para população indígena, e 288 para deficientes institucionalizados.
(RCN Rede Catarinense de Notícias - Adjori SC)
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